Desde cedo queria ser famosa.
Sonhava sempre em ser artista de novela.
Ensaiava os papéis na frente do espelho.
E todos sempre diziam que seria celebridade.
Era linda e etérea com traços perfeitos.
E sempre fez muito sucesso no teatro da escola.
Seus pais lhe colocaram em cursos de arte.
E a sua vida de famosa parecia cada vez mais perto.
Um grande jogador ele ia ser.
Desde a barriga da mãe já chutava forte.
Desde a barriga da mãe já chutava forte.
Nas peladas do bairro era sempre o destaque.
Todos o queriam no seu time.
O pai orgulhoso já imaginava o garoto em um grande clube.
E o garoto sonhava com o futebol europeu.
Quem sabe a camisa amarelinha da seleção.
Era certo que seria um craque.
Então eles se conheceram.
E se amaram desde o primeiro momento.
Eram um o complemento do outro.
E quando ela engravidou, tiveram que escolher:
Esquecer o sonho de terem fama ou
Perder a felicidade de estarem juntos.
Escolheram o amor (ou ele os escolheu).
O que poderia ter acontecido se tivessem se encontrado 10 anos depois?
Um caso? Um casamento? Um divórcio?
Brigas nas revistas de fofoca?
Assim pouparam o sofrimento e vivem felizes...
... enquanto o amor durar.
Muito bom, Medéia. No início, parece o retrato de típicos personagens de uma novela de Gilberto Braga; depois, as ilusões se desvanecem para dar lugar ao pragmático. Ainda assim, há muitos que ganham o mundo, mas perdem a alma.
Beijocas