Autor: Giovanni Nobile
Tempo, tempo...
A eternidade
É uma semana.
Passa o tempo
E, logo, um beijo.
E o amor,
Que passa,
Tempo, tempo,
Não dá conta.
Também passa...
Passa
E leva embora.
Deixa-me só.
Solitário.
Mais uma vez o tempo...
Tempo logo chega
E pousa o rosto
Sobre o ombro
Já cansado
Ele, agora, já sabe
Aquilo que não é mais segredo:
Vivo na solidão
E, em meio a esta multidão,
Já nem sei quem sou.
Tempo, tempo
Tempo passa.
De dezembro,
Logo vem janeiro.
Talvez assim também eu seja:
Só.
Eu sou mais um que passa:
Passageiro.
-
Tempo
18/12/2008
Postado por Giovanni Nobile Dias às 23:47 | Marcadores: Autor-Giovanni Nobile, Tema XVIII - Promessas |
Oi!
Ficou bem impressa a contradição de que, sob a ação do tempo, somos nós que passamos e que, concomitantemente, ficamos para trás. Em dezembro, essa sensação é amplificada.
bjs
Giovanni,
O versátil!!! sempre nos reserva uma surpresa...
Gostei da forma e da sequência de idéias.
Enfim, somos todos passageiros... (exceto o motorista e o cobrador!!!)(rsrsrsrsrsrsrsrs)
Parabéns!!!
Bjs
Talvez sejamos nós quem passamos,mesmo. O seu poema registra bem a correria dos nossos dias e a finitude das coisas.
Mas um ano que se vai e novamente o ciclo se inicia.
Gostei da forma como abordou o tema, Giovanni.
Parabéns
RÊ
Realmente o versátil, sempre com coisas novas!
Gostei :D
Belo.
Gostei.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO