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  1. Tempo

    18/12/2008

    Autor: Giovanni Nobile

    Tempo, tempo...
    A eternidade
    É uma semana.
    Passa o tempo
    E, logo, um beijo.
    E o amor,
    Que passa,
    Tempo, tempo,
    Não dá conta.
    Também passa...
    Passa
    E leva embora.
    Deixa-me só.
    Solitário.
    Mais uma vez o tempo...
    Tempo logo chega
    E pousa o rosto
    Sobre o ombro
    Já cansado
    Ele, agora, já sabe
    Aquilo que não é mais segredo:
    Vivo na solidão
    E, em meio a esta multidão,
    Já nem sei quem sou.
    Tempo, tempo
    Tempo passa.
    De dezembro,
    Logo vem janeiro.
    Talvez assim também eu seja:
    Só.
    Eu sou mais um que passa:
    Passageiro.

  2. 5 comentários:

    1. Vivi disse...

      Oi!
      Ficou bem impressa a contradição de que, sob a ação do tempo, somos nós que passamos e que, concomitantemente, ficamos para trás. Em dezembro, essa sensação é amplificada.

      bjs

    2. Cris disse...

      Giovanni,
      O versátil!!! sempre nos reserva uma surpresa...
      Gostei da forma e da sequência de idéias.
      Enfim, somos todos passageiros... (exceto o motorista e o cobrador!!!)(rsrsrsrsrsrsrsrs)
      Parabéns!!!

      Bjs

    3. disse...

      Talvez sejamos nós quem passamos,mesmo. O seu poema registra bem a correria dos nossos dias e a finitude das coisas.
      Mas um ano que se vai e novamente o ciclo se inicia.
      Gostei da forma como abordou o tema, Giovanni.
      Parabéns

    4. Anônimo disse...

      Realmente o versátil, sempre com coisas novas!
      Gostei :D

    5. Anônimo disse...

      Belo.
      Gostei.

      Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO