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  1. O prédio imponente no centro da praça guardava exemplares de obras célebres e de outras desconhecidas ou esquecidas. Fundado em 1821 e transformado em Biblioteca em 1981 era visitada por centenas de pessoas diariamente das oito horas da manhã às vinte e duas horas. As maciças portas, as mesas e cadeiras e inúmeras e extensas prateleiras lotadas de livros. Um pequeno paraíso na Terra.

    Nadine chega desesperada, pois precisa iniciar e concluir sua pesquisa sobre ácidos graxos que deverá ser entregue na manhã seguinte, enquanto Dulce a acalma explicando conceitos básicos de bioquímica e entregando-lhe vários livros.

    Alicia auxilia a pequena Vivi na busca por Monteiro Lobato. Claiton passeia com seu carrinho depositando cada obra em seu devido lugar. Eva e Carla etiquetam e registram as novas aquisições e as doações recebidas, livros que serão folheados, amados e odiados por diversas gerações.

    Evelyn explica para Rafaela, jovem candidata ao curso de Direito que “Conhece-te a ti mesmo” é pensamento do filósofo Sócrates enquanto "aquilo que pode criar e conservar no todo e nas partes a felicidade da comunidade política" é de autoria de Aristóteles, entregando-lhe as célebres obras, frente ao olhar de descrença da jovem que alguns dias depois certamente reconhecerá o mérito do auxílio da mocinha de cabelos longos e castanhos que trabalha na biblioteca.

    Dulces, Alicias, Claitons, Evas, Carlas e Evelyns quem são estas pessoas? Quantas vezes passamos por elas e sequer sabemos seus nomes? Infelizmente são conhecidos como a "mocinha ou mocinho" da Biblioteca. Estas pessoas um dia juraram: "Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana." E zelam pelo que juraram sem o devido reconheciemnto.

    Estas pessoas, sempre atenciosas, de sorriso fácil e gentis são bibliotecários que sempre encontram as obras que procuramos e quando estamos perdidos nos indicam onde devemos buscar. Estão ao nosso redor desde a primeira idade escolar e estarão ali até nosso fim.

    A estes profissionais muito obrigada.

    ____________
    Cris Costa


  2. 5 comentários:

    1. Que fofo, Cris!
      Senti nós cinco ali, espreitando os livros...
      Eu sempre fui amiga dos bibliotecários. Eles chegavam a reservar livros novos para eu ler... eh eh eh

    2. Anônimo disse...

      Cris,
      Que homenagem linda ao profissional Bibliotecário! Fiquei feliz duas vezes por ler seu texto... tem meu nome, e minha profissão!
      Adorei!
      Parabéns!
      Bjosss
      Ly

    3. Robson Ribeiro disse...

      Bela homenagem, Cris.
      Também reconheço e valorizo muito estes profissionais. Que sempre existam pessoas dispostas a realizar esse tão belo trabalho.

      Beijo.

    4. Vivi disse...

      Cris, você nos levou à um passeio para dentro de uma típica biblioteca nos mostrando sua dinâmica de relações. Como não ver as bibliotecas como um lugar de afeto? Sua sensibilidade e gratidão rendeu um belo texto de louvor aos bibliotecários!

    5. disse...

      Que linda homenagem prestada aos bibliotecários e aos apaixonados pela literatura.
      Valeu, Cris!